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Documentos, formados pela reunião de folhas ou cadernos, geralmente impressos e constituindo unidades bibliográficas.
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Item O abolicionismo(Londres : Typographia de Abraham Kingdon e Ca., 1883) Nabuco, Joaquim, 1849-1910Em 1882, falhando em se reeleger deputado, Nabuco foi viver em Londres, empregado como correspondente do Jornal do Comércio e do La Razón, de Montevidéu, e prestando consultoria a empresas inglesas com interesses no Brasil. Solidificou então laços adquiridos em viagem anterior com os abolicionistas da British and Foreign Anti-Slavery Society, cujas reuniões frequentava. O contato com o repertório abolicionista internacional e o treino estilístico a que o jornalismo obrigou convergiram na redação de O Abolicionismo, concluído em abril de 1883, que traz análise aguda e insuperada da escravidão como instituição social total, estruturadora da economia, da sociedade, da política e da cultura brasileiras. O livro deveria ser o primeiro volume da série Reformas Nacionais, para a qual Nabuco convidou, sem sucesso, outros reformistas, como Rui Barbosa, a escreverem sobre temas como a secularização do estado e a reforma educacional. (Texto elaborado pela Profa. Dra. Angela Alonso)Item Memoria para melhorar a sorte dos nossos escravos : lida na sessão geral do Instituto dos Advogados Brasileiros no dia 7 de setembro de 1845(Rio de Janeiro : Typ. Imparcial de Francisco de Paula Brito, 1847) Soares, Caetano Alberto, 1790-1867Item Quelques observations sur l'émancipation des esclaves(Paris : Imprimerie de J.-B. Gros, 1841) Barbaroux, Charles, 1767-1794Item Três discursos do Illmo. e Exmo. Sr. Paulino José Soares de Souza, ministro dos negócios estrangeiros(Rio de Janeiro: Typ. Imp. e Const. de Villeneuve, 1852) Uruguai, Paulino José Soares de Souza, Visconde de, 1807-1866Lançada durante as discussões entre o governo (conservador) e a oposição (liberal) sobre a extinção do contrabando negreiro (1850), essa obra se destinou a fixar uma memória que livrava o governo brasileiro e o partido conservador da acusação de cumplicidade com traficantes. No primeiro discurso (Câmara dos Deputados, 15 de junho de 1850), Paulino Soares, líder conservador do Rio de Janeiro, historiou a diplomacia antitráfico britânica com diversos países e, sobretudo, com o Brasil. No segundo (Senado, 29 de maio de 1852), esmiuçou as relações entre o governo imperial e a Grã-Bretanha na grande crise de 1850, em que a marinha britânica invadiu portos brasileiros à procura de contrabandistas. No último (Câmara, 4 de junho de 1852), tentou dissociar seu partido e o governo dos traficantes de escravos, além de tangenciar a questão cisplatina.Item The Brazilian Slave Trade and its Remedy, shewing the futility of repressive force measures. Also, how Africa and our West Indian Colonies may be mutually benefited(London: John Milrea, Simpkin and Marshall, Houlston and Stoneman, 1850) Thomson, Thomas Richard HeywoodComposto por um médico que servira a marinha britânica, esse panfleto se insere nos debates ingleses do final da década de 1840 sobre a eficácia da política antitráfico baseada na repressão marítima. Após alguns anos no Brasil e na África, onde participou da famosa expedição abolicionista ao Rio Níger (1841-1842), Thomson rejeita o sistema repressivo usando argumentos próximos dos esposados por políticos brasileiros (Grã-Bretanha fora a maior nação traficante do planeta, outros países precisariam de civilização semelhante à sua para suprimir o contrabando, o trabalho do negro era imprescindível ao desenvolvimento do Brasil, a emancipação do Caribe britânico resultara em fracasso econômico). Ao final, propõe um acordo anglo-brasileiro que regule o transporte de colonos africanos, sob a promessa de se abolir o cativeiro no Império em futuro não muito distante. Os debates públicos sobre o cruzeiro britânico, como o de que fez parte esse panfleto, influiu nos cálculos dos políticos brasileiros interessados na continuação do contrabando.Item Representação à Assembléia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil sobre a escravatura(Paris : Typographia de Firmin Didot, 1825) Silva, José Bonifácio de Andrada e, 1763-1838Atualmente a mais conhecida obra de Bonifácio, a Representação, composta para a Constituinte de 1823, foi divulgada com parcimônia no século XIX – além da primeira edição, francesa, apenas três reedições (1840, 1851 e 1884) surgiram de tipografias nacionais durante o Império - por conta de seu conteúdo antiescravista. Bonifácio denunciou ali os efeitos do tráfico sobre a África, censurou sua associação à riqueza nacional e evocou vícios do cativeiro sobre a vida brasileira. Para promover a emancipação gradual do cativeiro, por fim, propôs projeto de lei extinguindo o comércio negreiro e instituindo o Estado como regulador do arbítrio senhorial na aplicação de castigo físico, na carga de trabalho, na deliberação sobre alforria e na formação da família escrava.Item Memória sobre a escravatura e projeto de colonização de europeus e de pretos da África no Império do Brasil(Rio de Janeiro : Plancher, 1826) Silva, José Eloy Pessoa daLançada em 1826 por um natural da Bahia, essa Memória surgiu como alternativa às negociações que o Brasil e a Grã-Bretanha travavam para a extinção do tráfico de escravos. Na ocasião, sabia-se que os governos ajustariam o fim do comércio em poucos anos, como viria a ocorrer de fato na convenção ratificada em maio de 1827, que determinou sua extinção em 1830. Adotando, de início, uma linguagem antiescravista e aparentemente anglófila, o autor terminou por rechaçar a extinção próxima do trato negreiro ("Está [...] ligada a existência política deste Império à continuação do Tráfico"). Por fim, avançou um projeto que, embora previsse a imigração européia, também firmava a montagem de companhia monopolista destinada ao transporte de africanos livres e de escravos africanos enquanto estes fossem necessários ao Brasil.Item Voyage pittoresque et historique au Brésil [...] (Volume 2)(Paris : Firmin Didot Frères, 1835) Debret, Jean Baptiste, 1768-1848A Viagem pitoresca evidencia o gênio artístico do pintor e desenhista francês Jean Baptiste Debret, cuja característica marcante é o fato de revelar em imagens a história da vida urbana brasileira do início de século XIX e da vida na corte do Rio de Janeiro. Apresenta também algumas imagens de São Paulo e de províncias do sul, as quais só visitou tardiamente, nos seus últimos anos de Brasil. Esse livro foi publicado inicialmente em Paris, em 26 fascículos, durante os anos 1834 a 1839, formando um conjunto de 3 volumes. O primeiro volume é dedicado aos índios e à natureza; o segundo registra os brancos e os negros em seu cotidiano, retratando inúmeros escravos; o terceiro é voltado para a corte e as elites, tratando de cenas do cotidiano e das manifestações culturais, como as festas e as tradições populares. Os exemplares da Viagem pitoresca foram impressos, em sua maioria, com gravuras em preto e branco, embora tenham sido produzidos uns pouquíssimos exemplares coloridos.Item O tráfico da escravatura, e O Bill de Lord Palmerston(Lisboa : Typ. de José Baptista Morando, 1840) Sá da Bandeira, Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, marquês de, 1795-1876Escrito pelo ex-ministro dos negócios estrangeiros e importante chefe político da monarquia portuguesa, esse panfleto visou à desconstrução das justificativas britânicas para a aprovação do bill Palmerston (1839), medida unilateral que submeteu barcos portugueses suspeitos do contrabando negreiro a tribunais britânicos (predecessor, portanto, do bill Aberdeen, editado contra o Brasil em 1845). Nele, Sá da Bandeira culpou a truculência da Grã-Bretanha pelo fracasso das negociações anteriores ao bill, fazendo de seu próprio governo a imagem de forte combatente do tráfico negreiro, que posteriormente passaria à historiografia. Ultimamente essa leitura tem sido posta em causa, à medida que se mostra que o governo português adotou práticas dilatórias para pôr o contrabando, crescente desde meados dos anos 1830, a coberto das incursões britânicas.