Silva, Luís Bartolomeu de Souza e, 1866-1932, ed2023-11-062023-11-061905-1962https://digital.bbm.usp.br//handle/bbm/8148Mudança de subtítulo: semanário das crianças, v. 5, n. 185 (1909)"O Tico-Tico foi a primeira e a mais importante revista voltada para o público infanto-juvenil no Brasil. O primeiro número circulou em 11 de outubro de 1905, tendo à frente o jornalista Luís Bartolomeu de Souza e Silva. Já no ano seguinte tornou-se sucesso nacional de vendas, chegando à impressionante tiragem de 100.000 exemplares por semana. Em suas páginas podiam ser encontrados passatempos, mapas educativos, literatura juvenil e informações sobre história, ciência, artes, geografia e civismo. Fotografias e desenhos dos leitores, enigmas e concursos também eram publicados. Contudo o mais singular e pioneiro no semanário foi a publicação de histórias em quadrinhos destinadas ao público infantil no Brasil. Com dois tipos de papel, quatro páginas coloridas e as demais em branco com verde, vermelho e azul, inovações gráficas e visuais, abriu espaço para novos autores, ilustradores e desenhistas. Ao longo de sua história, teve a colaboração de importantes nomes das artes brasileiras, como Luís Sá, criador dos personagens “Bolão”, “Reco-Reco” e “Azeitona”, J. Carlos, criador de “Juquinha”, “Carrapicho” e “Lamparina”, Max Yantok, criador de “Kaximbown”, Alfredo Storni, de “Zé Macaco”, além do também genial Ângelo Agostini, que participou dos primeiros anos da revista. O formato gráfico tinha influência francesa, porém seus temas e personagens estavam ligados à afirmação de elementos da identidade nacional. Dessa forma valorizou a “mãe preta”, as figuras humildes e formas diversas de folclore regional e popular. Lendas, cantigas e contos tinham caráter educativo. O preço de capa no lançamento, 200 réis, foi mantido por quinze anos, até 1920.""A partir da década de 1930, O Tico-Tico começou a publicar histórias de personagens infantis norte-americanos, como Popeye, Gato Félix e Mickey Mouse, que assim começaram a conquistar o imaginário infanto-juvenil nacional. Depois de 1939, e até os anos 1950 principalmente, a reprodução de quadrinhos norte-americanos no Brasil se intensificou, com a chegada de personagens, como o Super-Homem, ao mesmo tempo em que se estabelecia um quadro de grande concorrência, entre as editoras, visando ao público infantil. Por volta de 1960, O Tico-Tico entrou em decadência, diminuindo a periodicidade com volumes publicados mensal e depois bimestralmente, seguidos por exemplares veiculados com caráter de edições especiais, voltados para pais e professores. Em 1962, para decepção e tristeza de várias gerações de brasileiros, deixou definitivamente de circular." O TICO-TICO. Rio de janeiro: BNdigital, 2015. Disponivel em:<https://bndigital.bn.gov.br/artigos/o-tico-tico/>. Acesso em: 13 set. 2017v.1:n.1(1905) [fac-símile(2005)]il, 31 x 24 cmAnno 1, n. 1 (11 de novembro de 1905)-n.2097 (mar./abr. 1962)v.1:n.1(1905) [fac-símile(2005)]porPERIÓDICOSHISTÓRIA EM QUADRINHOSCONTOLITERATURA INFANTOJUVENILO tico-tico: jornal das crianças (v.1:n.1(1905) [fac-símile(2005)])O tico-tico, semanário das criançasSERIADO00285035645000046748http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=153079&pesq=